Para conscientizar governos, comunidades e famílias a
tomarem medidas para reduzir a incidência de doenças bucais, foi instituído em
2007, pela Federação Dentária Internacional, o Dia Mundial da Saúde Bucal. A
data inicial escolhida foi 12 de setembro. Mais tarde, porém, foi alterada para
20 de março.
A intenção é lembrar que o cuidado com os dentes, gengiva
e mucosa bucal tem papel crucial na capacidade de realizar atividades diversas,
como trabalhar e estudar, além de melhorar a autoestima e confiança das
pessoas.
Além de um dia mundial, o Brasil tem outra oportunidade
para refletir, além de instituir políticas públicas, sobre o tema: o Dia
Nacional da Saúde Bucal, instituído em 2002 e comemorado em 25 de outubro. Em
verdade, foi a partir deste momento que o Brasil deixou a condição de média
prevalência para baixa prevalência da cárie, mostrando que ações preventivas
podem contribuir para que a pessoa atinja a fase adulta sem cárie. A visita
periódica ao dentista, por exemplo, pode reduzir em quase 70% da incidência da
doença crianças na faixa etária de até três anos de idade.
Além da visita periódica a um profissional e dos cuidados
com a higiene bucal (escovação após as refeições, uso de fio dental, limpeza da
língua e das bochechas), manter uma alimentação saudável e controlar o consumo
de açúcar são fundamentais para que tanto a criança quanto o adulto continuem
com uma excelente saúde bucal.
Se para adultos, bastam duas visitas anuais, para as
crianças recomenda-se o dobro. A visita é também uma oportunidade para que os
pais sejam orientados quanto aos hábitos corretos de higiene bucal, tanto para
eles quanto para seus filhos, incluindo bebês. Este o caminho para que o mundo
possa escancarar seus sorrisos e que a vida seja melhor para todos.
Escovar os
dentes e usar fio dental protege o coração
Indivíduos com inflamação na gengiva são duas vezes mais
propensos a serem acometidos por uma doença coronariana do que aqueles com a
boca saudável.
Pesquisas mostram que bactérias da gengiva se deslocam pela corrente
sanguínea e podem se alojar no coração, infeccionando a membrana da válvula, o
que causa a endocardite bacteriana.
“Quanto mais grave a periodontite, maior o risco de
problemas do coração. Especialistas alertam que o tratamento das doenças de gengiva
pode reduzir o risco de doença cardíaca”, diz o especialista em Periodontia,
Pedro Augusto Benatti, da Benatti Odontologia.
Doença
silenciosa
Os estágios iniciais da periodontite podem passar
despercebidos, pois a dor normalmente não é um sintoma. Ao se dar conta, a doença pode estar em um
estágio avançado e crônico, com danos irreversíveis.
Até 30% da população podem ser geneticamente suscetíveis
à periodontite. E aqueles que são geneticamente predispostos têm seis vezes
maior probabilidade de desenvolverem algum tipo de doença gengival.
Para prevenir, além de uma boa escovação, o uso do fio
dental é imprescindível, assim como as limpezas e profilaxias com o
profissional periodicamente.
Sintomas
- Sangramento durante a escovação e no uso do fio dental;
- Gengiva inchada, vermelha e sensível;
- Aftas;
- Retração gengival que passa a impressão de dentes mais
compridos;
- Dentes com mobilidade ou espaços entre eles;
- Mau hálito persistente;
- Pus e secreções entre os dentes e a gengiva;
- Pequeno movimento dos dentes ao fechar a boca;
- Abscessos.
Beta
Terra
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